Um dia de Fúria?


“Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá.” João 2:13-17

Quem estivesse na Jerusalém do século I e presencia-se o episódio acima poderia imaginar que o Senhor Jesus estava tendo um dia de fúria, nos moldes do Filme de mesmo nome do diretor Joel Schumacker estrelado por Michael Douglas de 1993.

Em que o protagonista do filme, durante um engarrafamento em Los Angeles sai do seu carro em completo colapso nervoso e sai respondendo com violência as situações estressantes que encontra em seu caminho.

Jesus nesta passagem, em uma postura surpreendente utilizando uma espécie de chicote, o azorrague, expulsa do templo os ladrões, e aqueles que corrompiam a adoração devida ao Senhor e a finalidade da sua casa, que era a oração.

Não se trata de um dia de fúria, nem de um deslize da humanidade de Jesus que não soube se conter, o Senhor foi igual a nós em tudo exceto no pecado! Portanto Ele não pecou neste episódio, e nem se descontrolou. Ele na verdade teve um dia de Ira Santa contra o pecado e contra a corrupção no templo.

Os discípulos viram neste episódio o cumprimento do Salmo 69:9. O zelo pela casa de Deus consumiu o Senhor de tal maneira que o único comportamento possível para o Mestre era a completa purificação da sua casa.

Cremos que o zelo pela casa de Deus continua sendo um valor imperativo, o Senhor Jesus não buscou ser politicamente correto, e nem colocou panos quentes na situação de pecado em sua casa, mas tratou o pecado com seriedade e restabeleceu o culto. Culto não mais voltado para templos de Pedra, mas nos nossos corações pelo Espírito.

O zelo porém deve ser o mesmo, e a casa do Senhor convêm santidade.

Por Manoel Delgado

Comentários

  1. AMEI O TEXTO.

    EM SÍNTESE DIGO:
    DEUS PREFERE A VERDADE DO CHICOTE DO QUE A MENTIRA RELIGIÃO

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  2. Manuel, seu blog ficou muito bom mesmo! um visual lindo, o texto como te é próprio, bem explanado e didático. Esse blog tem tudo para ser um excelente devocional. Parabéns!

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