REFLEXÃO - TEOLOGIA DO PODER: UM ESBOÇO!
Vivemos dias de instabilidade política
no Brasil, e de profundos questionamentos sobre a ordem social e os fundamentos
de nossas instituições democráticas. Em face desta realidade torna-se necessária
uma reflexão sobre o poder e o papel que as autoridades públicas devem exercer para o convívio
social e a responsabilidade que temos, como cidadãos, diante das mesmas. Para
esta finalidade, convém examinarmos alguns princípios que as ESCRITURAS
SAGRADAS nos apresentam sobre a matéria:
1-As
autoridades foram instituídas por Deus e a ele prestarão contas (Rom.13:1;1 Pe.
2:13-14;Mt.23:1-3) - Cremos com base no ensino bíblico, que todas as esferas de
autoridade, procedem de Deus. O que não significa isenção de responsabilidade
por parte das mesmas, mas sim o reconhecimento de que o ordenamento social
procede de Deus. Estas mesmas autoridades haverão de prestar contas ao justo
juiz e Magistrado Supremo, o Senhor, por isto, o seu procedimento deve ser
exemplar.
2-
As autoridades são responsáveis por coibir a violência e promover o bem público
(Rom.13:1-3;1Pe. 2:14-17; Pv. 29:14; Pv. 20:26) – O objetivo das autoridades é
o de promover por suas ações o bem público, o convívio pacífico, a dignidade
humana, ao mesmo tempo em que busca-se coibir a violência em suas causas e
consequências, para isto, ela está aparelhada com a “espada”, ou seja, o poder
legitimado da força, como elemento estabilizador da sociedade.
3-As
autoridades não podem extrapolar as suas competências (Mt.23:1-3; At.5:25-29) –
Existe um limite para toda autoridade estabelecida, este limite é o da sua
competência. Uma autoridade não deve interferir em esferas que não sejam de sua
responsabilidade, cerceando as liberdades civis, religiosas ou violando a
consciência das pessoas, ou ainda ferindo os direitos humanos. Quando isto
ocorre, esta autoridade está indo contra A´quele que a instituiu esvaziando a
sua autoridade delegada.
4-É
nosso dever nos submetermos às autoridades na medida de suas competências
pagando os tributos que nos forem exigidos, e as honrando no pleno exercício de
suas atribuições. E no caso de uma democracia sendo parte do processo decisório
e de fiscalização. (Rom.13:4-8; 1 Pe. 2:17;Tt 3:1; Pv.14:35).
5-
É nosso dever orarmos pelas autoridades, para haja paz na cidade e condições
para o progresso do evangelho (Sl.122:6; Jr.29:7).
6-
É nosso dever quando possível, anunciar o Evangelho as autoridades públicas,
testemunhando com nossas palavras e ações o poder transformador do EVANGELHO
(Lc.12:11; Jo 7:26; Jo 12:42; At. 4:8).
Que as autoridades públicas brasileiras caminhem na direção de cumprir a sua
missão, e que a população possa sentir a alegria de honrar autoridades, que
respeitam os fundamentos de sua instituição. Pastor Manoel Delgado Jr.
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