DEVOCIONAL - A FÉ E A PÓS-MODERNIDADE.
Jesus: -
Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai se não por mim. João
14:6
Vivemos
numa época pós-moderna. O que isto quer dizer? Que os valores absolutos e
definições de verdade tem sido deixadas de lado em nome de uma fé subjetiva,
pessoal e desconectada da revelação objetiva da Palavra de Deus. Esta tendência
é fruto do processo de desilusão e ceticismo com relação as pretensões da
modernidade.
Em
nossa sociedade temos visto a relativização
das estruturas sociais.
Neste processo a família foi seriamente afetada; temos visto também uma
crise de credibilidade nas instituições o que tem afetado seriamente o
ordenamento social. Como reagir a esta onda de ceticismo? A fé cristã tem em
Jesus Cristo um modelo seguro para resistir esta tendência, pois Jesus, em seu
ministério, não cedeu às pressões culturais de sua época antes contrapôs-se ao
pecado onde este estivesse presente.
Diante do
desafio pós-moderno poderíamos indagar sobre qual seria a melhor alternativa
para a Igreja. Uma das respostas vem do pastor
Jhon MacArthur, para este autor existem
seis princípios que
precisam ser observados se
desejarmos comunicar a
mensagem cristã ao
mundo pós-moderno: objetividade,
racionalidade, veracidade, autoridade, incompatibilidade, integridade.
O
estudioso de arte e cultura Gene Veith Jr considera que a abertura a
espiritualidade e a demolição do pensamento moderno em parte é benéfica ao
cristianismo, pois os cristãos poderão se valer destas críticas a modernidade
para reafirmarem seus antigos posicionamentos sustentando as verdades de fé. O
que para o autor pode significar o ressurgimento de uma fé bíblica e confessional. Não baseada em uma
“ortodoxia morta”, mas sim em uma “ortodoxia
viva” a partir
de uma espiritualidade que
é tanto experimental, quanto
baseada na verdade.
Salinas,
por sua vez, defende que compete à igreja utilizar o princípio paulino de examinar
todas as
coisas retendo o que é bom. Que
existem aspectos positivos a serem
considerados na cultura
pós-moderna de validade inclusive para os cristãos. Em primeiro lugar poderíamos
considerar até que ponto o racionalismo influenciou o nosso pensamento e
leitura bíblica. Reconhecendo humildemente que a Bíblia é infalível, mas nós
não, esta abordagem poderia nos auxiliar numa leitura mais reverente e transformadora.
Segundo em nossa evangelização poderíamos retomar como referencial o modelo de
Jesus que é extremamente relevante mundo em que vivemos.
Creio que a maior contribuição
que a fé cristã possa dar a esta geração
pós-moderna seja a
substituição de uma
“esperança equivocada” para
uma “verdadeira esperança” não
alicerçada numa visão
romântica do ser
humano, da natureza
e da cultura. Mas sim na
revelação de Jesus Cristo, esta perspectiva evangélica do Reino de Deus,
transforma o presente, e nos move com fé para o futuro aguardando a sua plena manifestação,
para além do esforço humano.
Manoel Delgado Jr.
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