POESIA - A IDEOLOGIA
A ideologia é uma quimera,
Com uma face bela e
mil outras amarelas,
Que com ardil procura ocultar.
Com uma face bela e
mil outras amarelas,
Que com ardil procura ocultar.
A ideologia é uma fera,
Que na sua tez de doçura,
Esconde o inferno, a morte, a sepultura
Na malícia do olhar.
Que na sua tez de doçura,
Esconde o inferno, a morte, a sepultura
Na malícia do olhar.
A ideologia é a ruptura com a verdade
Mal assemelhado da heresia, o engano da religião;
Uma é a besta que vem da terra,
A outra é a besta que vem do mar.
Mal assemelhado da heresia, o engano da religião;
Uma é a besta que vem da terra,
A outra é a besta que vem do mar.
A ideologia é uma prostituta, de escarlate vestida, e astuta.
Montada sobre feras à convidar:
-Que bebam de minha taça os tolos,
e fiquem tontos e loucos, a cambalear.
Montada sobre feras à convidar:
-Que bebam de minha taça os tolos,
e fiquem tontos e loucos, a cambalear.
A ideologia é estátua vigorosa
que ergue-se em Dura, planície orgulhosa, a desafiar:
-De ouro é o meu rosto, de prata os meus ombros,
que ergue-se em Dura, planície orgulhosa, a desafiar:
-De ouro é o meu rosto, de prata os meus ombros,
de bronze o meu ventre e de ferro minhas pernas.
Quem poderá me derrubar?
E ouve-se dos céus uma voz, como o trovão:
-Seus pés de ferro e barro são,
-Seus pés de ferro e barro são,
mas uma pedra feita sem o auxílio de mãos
do alto vem sobre ti.
E dos escombros de sua arrogância,
E dos escombros de sua arrogância,
elevar-se-a à esperança,
uma perene montanha de justiça e paz se erguerá.
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