REFLEXÃO - UMA BREVE PALAVRA SOBRE STEPHEN HAWKING...

Não escrevo estas palavras como um especialista, biógrafo, leitor voraz, cientista, ou apologista cristão ... (Caso alguém procure ou queira ler algumas destas abordagens, sugiro que interrompa a leitura agora, e procure este material em alguma outra página. Sem ressentimentos, ok?)

Me reservo ao direito de falar hoje, sob a ótica de uma pessoa comum, que se inquieta, se posiciona e se aventura a expressar-se sobre esta que nos é comum, a realidade da morte.

A morte é uma das experiências mais universais, que expressam a condição humana. Não importa a nossa classe social, grau de instrução, nacionalidade, ou posicionamento filosófico. Somos mortais, e todos igualmente perecemos. A morte é uma realidade que vem sobre todos e está diante de todos. Todos temos que lidar a com a sua constatação objetiva. Diante desta experiência registram as escrituras que todos somos todos chamados a uma solene reflexão. (Ec.7:2).

Diante do acima elencado gostaria de tecer breves considerações sobre a vida de Stephen Hawking:

Stephen Hawking (1942-2018) foi talvez, a mente mais brilhante do mundo em nossos dias. Físico de renome internacional. Grande pensador no campo da física teórica. Uma figura respeitada no seu campo de atividade e que devido a sua genialidade e história de superação pessoal se tornou alguém de verdadeiro alcance popular ultrapassando e muito as fronteiras de sua área de atuação. 

Recentemente um livro biográfico e um filme premiado o tornaram uma figura ainda mais conhecida e admirada. Sua imagem é a de um cientista brilhante, cuja a admiração independe do conhecimento de suas teorias, pesquisas ou hipóteses. (Quem realmente sabe sobre as teorias dele?) Neste quesito Hawking é tão icônico quanto um Einsten, um Newton, ou quem sabe Darwin.   

Bom falemos um pouco sobre ele. Ele foi o grande embaixador das ciências naturais. Sua obras venderam milhões de exemplares. (Eu mesmo li, uma breve história do tempo e alguma coisa de o universo numa casca de noz.). Ele foi uma mente brilhante , mas do ponto de vista da ciência formal, o mesmo não comprovou nenhuma grande teoria, havendo inclusive mudado de posição ao longo da vida. Ele apresentou contribuições importantes para a cosmologia em especial no estudo sobre os buracos negros, conversando agora mesmo com um amigo que é físico  tive acesso a mais recente teoria publicada no ano de 2015.
[https://exame.abril.com.br/tecnologia/stephen-hawking-publica-nova-teoria-sobre-buracos-negros/]

Até onde acompanhei as suas posições públicas sobre Deus, pude perceber que o mesmo era agnóstico, tendo depois evoluído para uma espécie de ateísmo radical. Jhon Lennox fez considerações sobre estas mudanças a algum tempo atrás. [https://www.youtube.com/watch?v=Djj4XKE7uwc ]

Hans Küng em sua obra, sobre ciências naturais e religião, registra que a pretensão de Hawking e outros cientistas de alcançarem uma teoria geral unificada (GUT) é um empreendimento impossível. Num intrigante tópico intitulado de "GUT em vez de GOD, Hawking" ele registra a desilusão de Hawking que em uma preleção de 2004 teria publicamente "desistido" deste empreendimento, e se tornado ele mesmo, um cético quanto a esta possibilidade no futuro. [KÜNG, Hans, O Princípio de todas as coisas, Ciências Naturais e Religião, págs. 32-41]  

Ele poderia ter convertido nos instantes finais da sua vida? (Talvez). Temos como saber com certeza? (Certamente que não). Suas posições metafísicas estavam erradas? (Em minha posição estavam, de acordo com o cristianismo histórico também.). Se ele morreu sem arrependimento e fé, é provável que tenha morrido nos seus delitos e pecados, contudo, isto não nos dá o direito de sermos injustos, maldosos, ou indelicados, em especial no contexto de homenagens póstumas e luto.   

Sua história de superação pessoal, é inspiradora, um grande exemplo. Ele superou uma grave limitação física e superou todos os prognósticos médicos. A sua própria vida e longevidade foram um milagre, do mesmo tipo, dos que ele tinha dificuldades em reconhecer. A tecnologia que foi desenvolvida para atende-lo se tornou uma referência beneficiando muitos outros, em situações semelhantes a sua.

A ficção cientifica deve muito a este grande cientista, e a minha infância também. Como seria a nossa infância sem o big bang, buracos negros, buracos de minhoca, viagens no tempo e multiverso?  E se não fossem os universos paralelos como a Marvel e a DC Comics explicariam todos aqueles furos nos seus roteiros? A ficção deve muito a popularização destas teorias cientificas. Ficção e ciência muitas vezes caminham juntas.

Fecho as minhas breves considerações com o reconhecimento da busca sincera que Hawking travou para compreender o funcionamento do cosmos e comtemplar segundo as suas próprias palavras, a "mente de Deus". Esta busca não é uma exclusividade da ciência, mas desejo de todos aqueles que estão comprometidos com a verdade e partilham em alguma medida, deste impulso pela realidade última.

O Apóstolo Paulo, a cerca de dois milênios atrás já registrava nas páginas das Sagradas Escrituras, as grandezas do Criador: "Ó profundidade da riqueza, da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Pois, quem conheceu a mente do Senhor? Quem se tornou seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu alguma coisa, para que Ele lhe recompense?” Portanto dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória perpetuamente! Amém." Romanos 11:33-36    
  

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