Horizontes Verticais

RESENHA. CARSON, D. A., O Deus amordaçado: O cristianismo confronta o pluralismo. São Paulo. ed. Shedd Publicações. 2013, 608p. Apresentação do/a autor/a da obra. D. A. Carson, um dos fundadores e diretores do ministério The Gospel Coalition, é professor pesquisador do Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School, onde leciona desde 1978. Obteve o grau de Bacharel em Química, pela Universidade McGill, o Mestrado em Divindade pelo Central Baptist Seminary, em Toronto e o Ph.D em Novo Testamento pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Carson já escreveu e editou mais de 50 livros. 1 Em português já temos publicado diversas obras dentre as quais podemos mencionar: Igreja emergente: o movimento e suas implicações; Cristo e cultura: uma releitura; Introdução ao Novo Testamento; Os perigos da interpretação bíblica; Teologia bíblica ou teologia sistemática?; O comentário de Mateus; O comentário de João. Do Shabbath para o dia do Senhor (org); A manifestação do Espírito.

CDBC - COMENTÁRIO DEVOCIONAL DO BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER. Pergunta 5 . Há mais de um Deus? R. Há só um Deus, o Deus vivo e verdadeiro. Ref. Dt 6.4; 1Co 8.4; Jr 10.10; Jo 17.3. Comentário: A primeira referência bíblica que a assembleia está usando é a do “Shemá”, a declaração básica do judaísmo, que consistia na sua profissão de fé. Esta formulação encontra-se em Deuteronômio capítulo 6 versículo 4 que diz: “Ouça, ó Israel: O SENHOR, o nosso Deus, é o único SENHOR.” Versículo que traz a grandeza do conceito da Unidade Divina. O texto diz Ouça ó Israel, a ideia é a de que eles deveriam não apenas ouvir, ou saber esta verdade, mas deveriam agir de acordo; neste sentido, é o que pratica aquilo que escuta que demonstra sua crença e isto por seu atos! Não se tratava apenas de ortodoxia (doutrina) mas sim de ortopraxia (vida, caráter). “O SENHOR, O nosso Deus, é o único SENHOR.” O que este texto afirma e a assembleia está sustentando é a verdade de que o nosso Deus é único e verdade

102- Na estrada da desesperança. Parte V. Retorno Glorioso! E, na mesma hora, levantando-se, retornaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e outros seguidores com eles, Lucas 24.15-16 KJA           Os discípulos agora conscientes de que aquele companheiro de JORNADA era o próprio Cristo. São tomados de alegria e exultante expectação. Agora eles podem ver os acontecimentos retrospectivamente, iluminados pela verdade sublime da ressurreição. Cristo ressuscitou, por isto o túmulo estava vazio, Jesus ressuscitou, e por esta razão o seu corpo não havia sido encontrado. Cristo estava entre eles, por esta razão os seus corações ardiam enquanto ele pregava as escrituras. Jesus está vivo e foi por eles reconhecido no partir do pão.           De acordo com o Comentário Moody a descoberta dos discípulos foi “tão grande que não puderam esperar até de manhã, mas retornaram imediatamente a Jerusalém para informar os outros sobre a sua experiência. Sua viagem a Emaús deve ter sido um e

101-Na estrada da desesperança. Parte IV. Reconhecido no partir do pão. Estando com eles à mesa, Jesus pegou o pão e o abençoou; e, partindo, o distribuía. Então os olhos deles foram abertos, e o reconheceram; e ele desapareceu de diante deles. Lucas 24.30-31 KJA         Após um inesperado encontro na estrada, e uma exposição bíblica calorosamente compartilhada, finalmente os dois discípulos chegaram ao seu destino, mas a medida que o tempo passava, e a JORNADA seguia o seu curso a desesperança lentamente era substituída por outro sentimento, a comunhão. É curioso como mesmo, momentos difíceis de perda, dor e luto podem ser profundamente amenizados por uma boa companhia. Você certamente já deve ter experimentado algo semelhante. É um fato curioso que o nosso Deus cuida nós, e às vezes, pode revelar-se na face de um amigo, um vizinho, um companheiro de caminhada.              Eugene Peterson na sua versão da Bíblia, “A Mensagem” descreve o esforço destes discípulos para manterem junto

100- Na estrada da desesperança. Parte III. Cura pela Palavra. Então, iniciando por Moisés e discorrendo sobre todos os profetas, explanou-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. [...]E questionaram-se entre si: “Porventura não nos queimava o coração, quando Ele, durante a nossa jornada, nos falava, quando nos explicava as Escrituras?” Lucas 24.27/32 KJA           Marcelo Aguiar é um pastor, psicólogo e escritor evangélico. Ele escreveu um livro, publicado pela editora Betânia, denominado “Cura pela Palavra”. Nesta obra o autor defende a tese de que as escrituras são o instrumento usado pelo Senhor para tratar as feridas emocionais e dores do coração, pois ela possibilita cura emocional, firmeza de fé, e uma renovada esperança. Para Aguiar: “O homem pode ter mudado muito em termos de tecnologia e comportamento, mas seus conflitos emocionais e suas carências interiores continuam os mesmos, desde os templos bíblicos até hoje.” Uma das passagens que fundamenta a sua af

99- Na estrada da desesperança. Parte II. Alguém no caminho. Enquanto trocavam ideias e discutiam, o próprio Jesus se aproximou de ambos e começou a caminhar com eles; entretanto, os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo. Lucas 24.15-16 KJA           Os dois discípulos de Cristo que estavam no caminho para Emaús, tiveram o acréscimo de um companheiro de JORNADA. Este caminhante misterioso aproximou-se dos peregrinos que entretidos em suas conversas, não se importaram de ter entre eles uma nova companhia. O coração destes homens estava pesado demais, pois a tristeza havia tomado de assalto as suas convicções, eles vinham conversando e até mesmo discutindo entre si, sua grande esperança parecia irremediavelmente frustrada, eles não compreendiam com clareza todos estes fatos ocorridos em Jerusalém. Às vezes, conversarmos a respeito de assuntos que angustiam, ou pesam na alma, é a melhor forma que encontramos para superarmos as dores do coração.         O caminhante, era alguém famil

98- Na estrada da desesperança. Parte I. Frustração. E, naquele mesmo dia, dois deles estavam caminhando em direção a um povoado chamado Emaús, que ficava a cerca de onze quilômetros de Jerusalém. E iam dialogando sobre todos os fatos recentemente ocorridos. Lucas 24.13-14 KJA           Neste relato somos informados que depois dos acontecimentos, da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, em pleno domingo da ressurreição, dois dos seus discípulos, empreenderam uma JORNADA de Jerusalém para Emaús. Embora estes homens tivessem ciência dos fatos relatados pelas mulheres acerca de uma pedra removida e de um túmulo vazio, a névoa da incompreensão e da desesperança, obscurecia a sua percepção sobre a realidade dos fatos. Eles estavam tristes, desesperançados, discutindo entre si, enquanto caminhavam. Pouco sabemos sobre a identidade destes homens, sabemos apenas que não eram dos onze, e que um deles se chamava Cleópas. O Comentário Esperança apresenta uma brilhante descrição deste epi

97-Sobre o dia do abraço. E, logo em seguida, levantou-se e saiu na direção do pai. Vinha caminhando ele ainda distante, quando seu pai o viu e, pleno de compaixão, correu ao encontro do seu filho, e muito o abraçou e beijou. Lucas 15:20 KJA Enquanto escrevo este devocional, finaliza o dia convencionado como o dia do abraço. Segundo uma breve pesquisa que realizei: “a data teria surgido após o australiano Juan Mann iniciar a campanha "Free Hugs Campaign', em 2004, que consistia em distribuir abraços "gratuitos" pelas ruas de Sydney para despertar a atenção das pessoas para a importância de um abraço.” Confesso que nem sabia sobre a existência de tal celebração. Porém, acredito que hoje e nas atuais circunstâncias, esta data faça muito sentido. Certos, privilégios só nos são caros depois de perdidos, e certas dádivas só fazem falta, quando não estão mais disponíveis. A passagem em destaque registra uma das mais belas e comoventes imagens do amor de Deus, expressa nas

"U m dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe e este era samaritano. Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?" Lucas 17:15-17 O grande teólogo cristão Agostinho de Hipona, escreveu uma célebre obra denominada confissões. Nesta obra, de caráter autobiográfico ele registra todos os acontecimentos da sua vida desde a sua infância, formação intelectual, sua vida desregrada e dissoluta, as inúmeras orações de sua mãe Mônica pela sua conversão, a sua peregrinação espiritual, e o voltar-se para Deus. Se tivéssemos que destacar o tom geral de confissões, diríamos que se trata de uma grande oração em gratidão a Deus por todos os seus benefícios. No evangelho de Lucas, vemos um episódio em que o Senhor Jesus cura um grupo de dez leprosos. Nesta ocasião, Jesus manda que se apresentassem no templo aos sacerdotes para cumprirem todas as especificaçõ

95- O clamor das pedras. Mas ele lhes respondeu: Eu vos digo que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão. Lucas 19:40      Hoje descobri aleatóriamente, uma música, do “Gabriel o Pensador”, um cantor de (Hip hop) nacionalmente conhecido. Num trecho de uma recente canção que descreve as suas percepções sobre a pandemia e o isolamento social, afirma que a cura almejada, por todos está no coração humano; e que as pessoas devem procurar amar o próximo mais do que são amadas. Para este artista o verdadeiro mal que estamos vivenciando, procede de um coração adoecido, insensível a dor e ao sofrimento do próximo. Veja que por meio de uma música popular, uma verdade profunda e espiritual pode ser comunicada, e isto fora do ambiente religioso. Isto me fez lembrar que o apóstolo Paulo, em Atenas, era capaz de citar poetas gregos de cor, perante um Aerópago atento, que Francis Schaeffer pastor presbiteriano e fundador do L´ábri, apresentava com grande eloquência as contradições de uma c

94- Para onde iremos? Simão Pedro respondeu-lhe: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. João 6.68 Jesus exerceu um ministério impressionante. Neste tempo ele arregimentou verdadeiras multidões a quem serviu e pastoreou através da proclamação do evangelho do reino, pelo ensino da palavra, por suas obras de misericórdia e justiça, e dos sinais miraculosos que apontavam para a sua pessoa e missão. Diferente do contexto eclesiológico, de muitas igrejas nos dias atuais, que ora enfatizam as grandes concentrações humanas e atos públicos, ora enfatizam o discipulado pessoal em pequenos grupos; ora enfatizam a evangelização pessoal, e ação social, ora enfatizam o ensino teológico e a edificação; para Jesus e o seu ministério não havia nenhuma contradição. Cristo era encarnação do evangelho da graça, e manifestava a presença e o poder Deus em todas as suas palavras e ações! Num momento crítico em seu ministério público, quando uma grande multidão e até mesmo grande part

93-Os santos na terra. Quanto aos santos que estão na terra, eles são os ilustres nos quais está todo o meu prazer. Salmo 16.3 Imagine uma picada no mato que foi aberta por desbravadores e mantida pelo tráfego constante, até que o caminho todo ficasse bem demarcado. Trilhas como as que encontramos em Chapada dos Guimarães no Mato Grosso ou em algum outro lugar do cerrado brasileiro. Agora imagine, que este caminho lentamente deixou de ser utilizado, que o mato foi crescendo até que finalmente a trilha foi fechada pela vegetação. Caso alguém viesse a transitar naquele local não acreditaria que no meio daquela vegetação já existiu um caminho transitável. Esta imagem bíblica (Jeremias 6.16), foi desenvolvida por J. I. Packer, grande teólogo Anglicano, que escreveu uma obra fantástica denominada “a redescoberta da santidade”, onde o autor defende a tese de que a santidade bíblica é um caminho praticamente esquecido. Quando falamos de santos à luz desta passagem, não estamos criando ou prop

92-Nunca é tarde para a reconciliação. Toma a Marcos e traze-o contigo, pois ele me é muito útil para o ministério. 2 Timóteo 4.11                     Deus é o Senhor de nossa trajetória, e ele sabe como ninguém trabalhar o nosso caráter ao longo desta vida. O apóstolo João era alguém de temperamento forte, apelidado com seu irmão Tiago, como Boanerges (Filhos do Trovão), terminou os seus dias sendo conhecido como o apóstolo do amor. O inconstante Simão, rude pescador da Galileia, foi trabalhado por Jesus de tal maneira, que ao final de sua vida fez jus ao seu novo nome Pedro (Rocha). Paulo, preso, no fim dos seus dias, tem na sua lista de pedidos a reintegração de João Marcos em sua equipe ministerial. “Marcos é aquele que tinha abandonado a Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária, o que havia aborrecido a Paulo (At.13:13; At.15:36-41).” Por ocasião da segunda viagem missionária, Paulo se recusou a integrá-lo na equipe o que fez com que Barnabé e Paulo se desentendessem div

91-Distribua encorajamento. E, de noite, o Senhor disse em visão a Paulo: Não temas! Mas fala e não te cales. Porque estou contigo e ninguém te atacará para te fazer mal algum, pois tenho muita gente nesta cidade. Atos 18.9-10 Nélio DaSilva é um pastor e missionário com grande experiência na área de plantação de igrejas no Brasil e EUA, e entre as diversas atividades por ele empreendidas destacam-se o ministério Homens de Valor, A Casa Renovo e o seu excelente trabalho como escritor, na área de encorajamento e ferramentas ministeriais. Me lembro de inúmeras vezes ter sido edificado por alguma palavra de encorajamento através do seu excelente portal, além dos livros, mentoria e amizade desenvolvida. Nélio é tão bom em encorajamento que até mesmo prefaciou o meu primeiro livro devocional. O “30 dias de Esperança”. Veja que além de encorajador ele é um homem de coragem! Todos precisamos de encorajamento, uma palavra amiga, um incentivo em momentos cruciais de nossas vidas, de uma palavra

90- Sobre visitas e bons livros. Quando vieres, traze-me a capa que deixei em Trôade, na casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos. 2 Timóteo 4.13           Existem necessidades humanas que são básicas e não podem jamais ser negligenciadas. O alimento diário, a vida, a dignidade, a intimidade, o desfrutar de verdadeiras amizades, a espiritualidade genuína, que consiste na necessidade absoluta de uma relação pessoal e vital com Deus. Para o velho Paulo, o apóstolo de Cristo, entre os gentios(nações), que estava preso em Roma após ter cumprido a carreira e guardado a fé, após ter pregado “no limite extremo do Ocidente” (Espanha?), a sua lista de necessidades básicas estava pronta: uma boa visita de amigos e irmãos, uma capa para o frio rigoroso, livros e pergaminhos para permanecer lúcido e ativo, e a reintegração (reconciliação?) com um antigo companheiro de equipe (João Marcos).           Livros e pergaminhos aqui podem significar que Paulo estava preocupado com livro

89- Simplesmente faça! Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática será comparado a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. Mateus 7.24           A Nike em 1988, fez uma famosa campanha publicitária, cujo slogan foi “Just do it”, Simplesmente faça! Esta campanha foi um enorme sucesso e alavancou a empresa ao status que possui atualmente. Utilizo este slogan no título desta reflexão, pois acredito que ele resume bem o argumento aqui desenvolvido. Pare e pense, e responda sinceramente. O que aconteceria na sua vida se você fizesse tudo aquilo que você sabe que precisa ser feito?           Não me compreenda mal, sei que na vida, descobrimos muitas coisas, e que todos estão sempre aprendendo, mas creia-me quando digo que algo precisa ser feito a respeito do que é absolutamente claro, e do que já sabemos ser o nosso dever. Precisamos fazer alguma coisa com as possibilidades que temos, e os dons que já possuímos. Lembremos que a Bíblia condena aquele

88-Não podemos retribuir. Que darei ao SENHOR por todos os benefícios que ele me tem dado? Salmo116.12           O salmo 116 registra o louvor em agradecimento pelo livramento de um perigo mortal. De acordo com as notas da Bíblia Reina Valera o seu contexto vivencial, era o culto público, visava atender a um propósito litúrgico. Neste salmo encontramos uma série de razões para as ações de graças tributadas ao Senhor. (1) Ele ouve as orações; (2) inclina os seus ouvidos ao clamor do seu povo; (3) É justo, compassivo, e misericordioso;(4) protege os simples; (5) salva os abatidos;(6) livra: a alma da morte;(7)os olhos das lágrimas, (8) e os pés do tropeço;(9) manifesta a sua presença na terra;(10)liberta das cadeias (11) revela a sua bondade;(12) é digno de ser invocado, servido e amado.           Diante deste colar, tão lindamente ornado de pérolas do favor divino, só resta ao salmista a indagação do verso doze deste salmo quando ele diz: “Que darei ao Senhor por todos os benefícios que

87- Mude de roupa. Pelo que, despojando-vos de toda sorte de imundície e de todo vestígio do mal, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas. Tiago 1:21      Você já teve que trocar de roupas devido a uma mudança de clima? Num dia frio você acabou se vestindo demais, e devido ao sol simplesmente teve que muda-las a abrindo mão de um casaco? Ou quem sabe, você já teve a experiência de levar um peso desnecessário enquanto fazia uma longa caminhada? As vezes a melhor coisa a ser feita é nos desvencilharmos de pesos e roupagens inadequados.      Nesta passagem em destaque encontramos uma importante advertência de Tiago aos cristãos da dispersão, para que se abstivessem do pecado, da impureza, bem como de toda e qualquer expressão pecaminosa. Eles precisavam despojar-se, mudar as suas vestimentas. Esta mesma linguagem é utilizada por Paulo em sua epístola aos Colossenses: “ mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cóler