ESBOÇO - DANIEL 11-12 - A HISTÓRIA COMO DIVINA PROVIDENCIA.
Daniel predisse com grande precisão a sucessão dos reinos deste mundo. |
Os capítulos 11 e 12 de Daniel são uma das mais eloquentes demonstrações daquilo que poderíamos chamar de a soberania de Deus na história.
Nestes capítulos, nos quais o nome de Deus não é mencionado, vemos a sucessão dos reinos deste mundo. Alguns reinos previstos aqui neste livro já são conhecidos ao passo que outros continuam escondidos na névoa dos acontecimentos futuros esperando o seu cumprimento.
O último dos reinos descrito no capítulo 12 é o reino do anticristo que virá no fim da história para a destruição do povo santo. O governo do anticristo será destruído pela manifestação do Filho de Deus no final dos tempos que se manifestará com poder.
Estes capítulos nos ensinam importantes lições sobre a história:
1- A história não é governada por forças cegas e impessoais, mas sim por um Deus com um propósito redentor.
A história não é governada pelo acaso ou pelas contingências, nem mesmo pela aleatoriedade, mas sim pela divina providência.
2- A revelação dos acontecimentos futuros dada a Daniel revela o completo domínio de Deus na história.
Daniel pode registrar com séculos de antecedência a vinda dos principais reinos deste mundo e suas profecias incluem aspectos do final da história e do começo da eternidade.
3- O governo de Deus na história inclui o concurso de agentes morais na execução dos seus propósitos no tempo.
Os reis que se levantam e até mesmo o anticristo são agentes responsáveis por suas ações e, ao mesmo tempo instrumentos de Deus na execução dos seus propósitos.
Algumas aplicações:
Não devemos nos desesperar, pois Deus controla a história.
Conta-se que durante o bombardeio de Londres, o grande pregador galês, Martin Lloyd Jones, estava fazendo uma de suas longas e famosas orações no culto da Abadia de Westminster quando de repente a própria abadia foi atingida por uma das bombas.
Todos, desesperados, correram de um lado para o outro gritando. Lloyd Jones apenas se assentou no banco mais próximo. A estrutura da abadia ficou comprometida, mas a mesma não caiu, a poeira e agitação do povo davam o tom do local.
Ainda nesta situação, Lloyd Jones se levanta, retorna a sua posição e continua a oração do mesmo ponto da onde ele havia interrompido. O que causou profunda impressão nos seus ouvintes. Ele possuía profunda convicção da soberania de Deus.
As circunstâncias podem ser motivo de preocupação, mas jamais de desespero.
O desespero não pode dominar quem conheceu a Deus. Pois este conhecimento nos leva a firme convicção de que aquele que se deu a conhecer não é outro senão o Senhor de nossas vidas, o soberano dos reis da terra, o todo-poderoso Deus.
Deus está atuando até mesmo onde o seu nome não é invocado ou manifesto.
Se você não tem visto claramente a ação de Deus, creia que ele continua atuando mesmo quando seu nome não é mencionado. Deus conduz o seu povo ao longo da história para que este possa cumprir os seus propósitos.
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