Parabola dos cegos e o Elefante


Seis homens, todos muito curiosos e dedicados, queriam ver o elefante. Desejavam observar e aprender. Como se pareceria, quais seriam o formato e o tamanho de tão rara criatura? Mas eram completamente cegos. Deveriam apenas tatear o animal, para depois defini-lo.
O primeiro aproximou-se e tocou a larga e dura barriga: `O elefante é muito parecido com uma parede!`
O segundo, ao sentir uma das presas de marfim, exclamou: `O elefante é muito parecido com uma lança!`
O terceiro, por acaso, chocou-se à tromba: `O elefante é muito parecido com uma cobra!`
O quarto abraçou uma das pernas: `O elefante é muito parecido com uma árvore!`
O quinto alcançou as orelhas: `O elefante é muito parecido com um leque!`
E o sexto, por sua vez, ao perceber o fino rabo, constatou: `O elefante é muito parecido com uma corda!`
Então argumentaram por horas, em vão. Ao mesmo tempo em que estavam todos parcialmente corretos, estavam também todos completamente errados.

Esta parábola me faz lembrar a crítica que Edgar Morin fez da especialização do conhecimento nos fazendo perder o contexto da realidade. O reducionismo é outro problema sério. Em nome de um aspecto da realidade negamos os demais sentidos igualmente verdadeiro de uma realidade complexa..

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