REFLEXÃO - O JUÍZO IMPLACÁVEL DO TEMPO!

 O JUÍZO IMPLACÁVEL DO TEMPO!

O evangelho de Mateus registra uma parábola escatológica sobre o Reino de Deus que ficou amplamente conhecida como parábola dos talentos (Mt.25:14-30). Esta parábola exclusiva deste evangelho faz parte da exposição maior dos capítulos 23-25 que por sua vez, apresentam o ensino de Jesus sobre o juízo de Deus, sua segunda vinda e a consumação de todas as coisas.
O objetivo desta parábola é o de apresentar, o dever e a responsabilidade, que os súditos do reino têm para com o seu mestre e Senhor, na administração de seus bens e recursos. Respondendo adequadamente aos mandatos divinos (social, espiritual, cultural) vivendo agora sob os princípios e ética do reino de Deus.
Devido a uma aplicação da parábola, e do jogo de palavras possível a partir da tradução portuguesa generalizou-se a interpretação de que os “talentos-medida financeira” referem-se aos “talentos-dons/aptidões naturais”. Isto é possível por que em nosso idioma o termo possui estes sentidos possíveis.
Esta parábola nos ensina importantes lições sobre a nossa vida e as responsabilidades que temos diante do Criador. Em primeiro lugar descobrimos que todos recebemos muito (V14-15). O talento mencionado por Jesus refere-se a uma unidade monetária antiga que representava o equivalente a 26 a 35 quilogramas de ouro ou prata. Este valor equivalia a aproximadamente 6 mil denários. Um talento representava portanto uma grande soma de recursos financeiros.
A ênfase da parábola é a de que todos recebemos muito. Somos agraciados com a vida e todas as suas possibilidades. Recebemos recursos, força e capacidade para desenvolvermos durante esta vida. E como servos do Reino recebemos dons para a obra do ministério. Embora exista diversidade no corpo, e todos recebam conforme as suas possibilidades e a benevolência do Senhor. Ninguém pode considerar que aquilo que recebeu é de pouco valor, inoperante, ou inútil.
Também aprendemos que é nosso dever multiplicar, empreender (V.16-18). Não basta receber recursos do Senhor, ou potencial. É necessário desenvolvermos o que recebemos. Os salvos precisam desenvolver a sua salvação buscando o crescimento que vem do Senhor. Lancemos as sementes que germinarão no amanhã. Devemos ter atitudes de quem está desenvolvendo aquilo que recebeu do Senhor.
Aprendemos ainda por esta parábola que os bons administradores receberão maiores oportunidades no futuro (v.19-22). Isto implica em sermos fiéis e diligentes em nossos compromissos com o Reino de Deus. Este princípio se aplica tanto em nossa vida prática como em nossas esperanças futuras com relação a manifestação plena do Reino. Somos chamados a viver agora, todas as implicações do Reino de Deus.
Esta parábola nos ensina sobre o Juízo e finalizando com uma advertência severa do Senhor. (v.29) “Ao que tem, se lhe dará e terá em abundância, ao que não tem, até o que julga ter lhe será tirado.” Em outras palavras: O tempo vai passar, e todos estamos sujeitos ao julgamento implacável do tempo. O que temos feito com tempo que o Senhor nos tem dado? De que adiantará todos os nossos recursos quando o nosso tempo acabar? O que esta frase nos ensina? Que estamos todos sob o juízo implacável do tempo.
Pastor Manoel G. Delgado Júnior.



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