DEVOCIONAL - CDBC 15 - "FRUTO PROIBIDO".

 CDBC - COMENTÁRIO DEVOCIONAL DO BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER.

Pergunta 15. Qual foi o pecado pelo qual nossos primeiros pais caíram do estado em que foram criados?

R. O pecado pelo qual nossos primeiros pais caíram do estado em que foram criados foi o comerem do fruto proibido. Ref. Gn 3.12-13; Os 6.7.

Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me a árvore, e eu comi. Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi. Gn 3.12-13

Mas eles transgrediram a aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim.”Os 6.7.

Vimos que pecado é todo desvio da lei de Deus. E que este desvio é a desobediência da vontade revelada de Deus. Embora esta característica seja a de todos os pecados. Há algo de singular neste pecado de Adão, pois com ele uma aliança foi quebrada deslealmente, contra o Criador. A aliança das obras.

É por esta razão que o gênero humano inteiro caiu com a transgressão de Adão, pois Adão era e é o legítimo representante do gênero humano e o que ele fez teria peso não somente sobre ele, mas sobre todos os que ele representou.

E em que consistiu este pecado, o primeiro do gênero humano? Este pecado consistiu em a mulher e posteriormente o homem, comer o fruto da árvore da “ciência do bem e do mal” dando ouvidos a satanás, a antiga serpente, movidos pelo desejo de ser “como Deus” desobedecendo a sua vontade revelada e ignorando as advertências divinas. Era isto o que estava realmente em jogo, a proibição de comer a árvore da ciência do bem e do mal.

Fruto proibido? Muitos especulam qual teria sido este fruto proibido, na tradição rabínica, segundo o professor Renato Santos, ao menos cinco frutos foram os candidatos (Etrog, Uva, Trigo, Figo e Noz). No Ocidente especulou-se sobre a Maçã, uma equivocada tradução do latim “Pomum” para a língua vernácula; e até mesmo no Brasil, no período do descobrimento, no imaginário dos desbravadores, segundo o relato de Sérgio Buarque de Holanda, o Maracujá, foi considerado um possível candidato, por sua flor em forma de cruz. Estas ideias não passam de especulações, afinal o fruto não é apresentado no original bíblico, e onde a Escritura silencia deveríamos fazer o mesmo. O que tornou este ato um pecado não foram as propriedades do fruto em si, mas a proibição divina que dizia para não comer do produto da árvore do conhecimento do bem e do mal. O que estava em jogo era a obediência ou desobediência ao pacto. Deve-se lembrar que junto da árvore da “ciência do bem e do mal” no mesmo jardim estava também a “árvore-da-vida” que representava a vida eterna, na presença de Deus para aqueles que observam o pacto.

Os estudiosos de aliança consideram que estas duas árvores são os sinais visíveis da primeira aliança que Deus estabeleceu com os homens, seriam os sacramentos da aliança. Com a desobediência a este mandamento o homem foi expulso do Éden e Querubins com espadas flamejantes foram colocados a porta do Jardim para impedir o caminho que conduzia à árvore-da-vida. Este acesso está fechado ao homem desde então, e só pode ser aberto por Cristo.

Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore-da-vida, e entrem na cidade pelas portas.” Apocalipse 22.14

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