ARTIGO - A PRÉ-HISTÓRIA BÍBLICA, ATUALIZAÇÃO TEOLÓGICA E PRESERVAÇÃO DOS VETORES DE SENTIDO.
A Pré-História Bíblica, Atualização Teológica e Preservação dos Vetores de Sentido
Por Manoel Gonçalves Delgado Jr.
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Introdução
O diálogo entre teologia e ciência no contexto da pré-história é um convite à reflexão sobre as origens humanas e a mensagem bíblica. Neste artigo, exploro os desafios da interpretação de Gênesis 1 a 11 como uma "pré-história bíblica", a relevância da atualização teológica proposta por Hans Küng e Andrés Torres Queiruga, e as críticas cautelosas de Emil Brunner e Karl Barth. Busco, assim, defender a necessidade de preservar os vetores teológicos essenciais da narrativa bíblica enquanto dialogamos com a ciência contemporânea.
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Gênesis 1 a 11: Narrativa Teológica e a Pré-História
Gênesis 1 a 11 apresenta um relato das origens que transcende a historiografia moderna, oferecendo uma visão teológica que dialoga com as categorias culturais do Oriente Próximo Antigo. Emil Brunner destaca que, ainda que essas narrativas não sigam uma cronologia científica, elas expressam verdades universais sobre Deus, o homem e a criação.
A pré-história, segundo Grahame Clark, antecede os registros escritos e fornece a chave para compreender as fundações da civilização. Assim, os eventos de Gênesis podem ser lidos como uma interação entre teologia e os primórdios da experiência humana, enfatizando temas como a soberania divina, a dignidade humana e o impacto do pecado.
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Atualização Teológica: Limites e Possibilidades
Hans Küng e Andrés Torres Queiruga advogam por uma teologia que dialogue com os avanços científicos e culturais. Contudo, Karl Barth e Emil Brunner alertam para os perigos de uma acomodação que dilua a singularidade da mensagem bíblica. Barth defende que a revelação divina transcende as flutuações culturais e científicas, exigindo fidelidade aos fundamentos da fé cristã.
Essa tensão entre atualização e fidelidade é igualmente explorada por John Stott, que afirma que a centralidade de Cristo e o caráter inerrante das Escrituras devem ser preservados mesmo em um mundo em transformação.
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A Declaração de Chicago e a Autoridade das Escrituras
A Declaração de Chicago sobre a Inerrância Bíblica sublinha a inspiração e a autoridade das Escrituras, afirmando que sua validade teológica não depende de sua conformidade com paradigmas científicos modernos. Benjamin Warfield argumenta que a Bíblia é divinamente inspirada e suficiente para tratar das questões fundamentais da fé e da vida cristã, enquanto F.F. Bruce enaltece a sua relevância perene.
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Conclusão
A interpretação de Gênesis 1 a 11 à luz do conceito de pré-história bíblica deve preservar os vetores teológicos essenciais que sustentam a fé cristã. A atualização teológica é necessária, mas deve ser conduzida com discernimento, mantendo-se firme na autoridade das Escrituras e nos valores imutáveis da revelação divina. Este equilíbrio é essencial para um diálogo construtivo entre fé e ciência.
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Nota do Autor
Este artigo foi elaborado com o auxílio da ferramenta de IA ChatGPT, garantindo precisão e coesão textual, sob a supervisão e autoria do autor.
Referência:
Bruce, F.F. The Canon of Scripture. Downers Grove: IVP Academic, 1988.
Brunner, Emil. Revelation and Reason. Philadelphia: Westminster Press, 1946.
Carson, D.A. The Gagging of God: Christianity Confronts Pluralism. Grand Rapids: Zondervan, 1996.
Clark, Grahame. Prehistoric Societies. Cambridge: Cambridge University Press, 1965.
Küng, Hans. Does God Exist? New York: Doubleday, 1980.
Queiruga, Andrés Torres. Repensar o Mal: Da Metafísica à Libertação. São Paulo: Paulinas, 2015.
Stott, John. A Bíblia Toda, o Ano Todo. São Paulo: ABU Editora, 2010.
Warfield, Benjamin B. The Inspiration and Authority of the Bible. Philadelphia: Presbyterian and Reformed Publishing, 1948.
International Council on Biblical Inerrancy. The Chicago Statement on Biblical Inerrancy. 1978.
Bíblia Sagrada, Gênesis 1–11.
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Sobre o Autor
Manoel Gonçalves Delgado Jr. é teólogo, professor e diretor de uma instituição teológica em Cuiabá, Mato Grosso. Com mais de 19 anos de experiência ministerial, é doutor em teologia, historiador e autor de diversas publicações. Ele se especializa em teologia prática, missiologia e história da igreja, e também lidera iniciativas de ensino à distância voltadas para mentoria e consultoria ministerial. Além disso, desenvolve projetos em planejamento ministerial, revitalização de igrejas e educação cristã, com ênfase em uma abordagem centrada no discipulado e na simplicidade do Evangelho.
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