DEVOCIONAL 186 – PARADOXOS DA VOCAÇÃO. (12) JUSTIÇA.

 "Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." 2 Coríntios 5.21

           Como podemos definir justiça? De que forma você a definiria? Uma definição antiga e popular afirma que justiça consiste em dar a cada um que lhe é devido. Esta ideia, em seu sentido formal está correta, porém é exatamente, por esta razão, que nesta afirmação Paulina, que encarna o sentido do evangelho, encontramos o grande paradoxo da justiça de Deus. Veja que por esta definição, este conceito parece à primeira vista contrariado.

         “Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós.” Jesus que é santo, semelhante a nós em tudo menos no pecado, e em nosso lugar recebeu a pena da condenação do tribunal de Deus. Uma injustiça? Não! Antes um ato que exalta a justiça de Deus. Mas para esclarecer este ponto analisemos por um momento a segunda sentença desta afirmação apostólica. “Para que nele, (Jesus) fossemos feitos justiça de Deus”. Aqui o paradoxo se aprofunda, pois, temos pecadores merecedores de uma condenação certa recebendo misericórdia, graça e absolvição. Aqueles que deveriam ser punidos são poupados, e aquele que não conheceu pecado, no madeiro se entregou. Uma injustiça? Não! Esta é precisamente a justiça de Deus, por meio de Jesus Cristo, o nosso Senhor. Jesus é o novo Adão, o cabeça do pacto da graça, o representante dos redimidos no tribunal de Deus, aquele que nos justifica. Para um grande jurista do passado deve-se optar pela paz, ou pelo direito. Sacrificar a paz consiste na luta pelo direito, lutar pelo direito significa abrir mão da paz, a essência do litígio. Neste ato sublime, Deus não sacrifica nem a paz e nem o direito, ele sacrifica o seu filho unigênito, ele sacrifica a si mesmo. Jesus é a nossa paz! Nele, somos feitos justiça de Deus. 

Oremos ao Senhor. Graças te damos Senhor, por Jesus teu filho unigênito, verbo vivo. Deus encarnado, perfeito homem, novo e segundo Adão, o cabeça do pacto da redenção, da aliança da Graça. Louvamos-te, porque em tua infinita bondade e compaixão, enviaste a Jesus, vieste por nós para a nossa redenção. A nossa justiça é Jesus Cristo, a nossa paz é através do sangue da aliança, em Jesus teu filho temos a justiça que vem de Deus, temos o perdão que restabelece a paz. Amém!

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