DEVOCIONAL - CDBC 68 - "NÃO MATARÁS"
CDBC - COMENTÁRIO DEVOCIONAL DO BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER.
“Não matarás.”“A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Disse o Senhor:
“Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás; e quem matar estará sujeito a julgamento’. Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito ao tribunal; e quem lhe chamar ‘tolo’ estará sujeito ao fogo do inferno.” (Mt 5.21-22)
Assim, Cristo mostra que a raiz do homicídio é o ódio, e que o desprezo, a ira injusta e o insulto são expressões do mesmo pecado que culmina na violência. Para os fariseus, bastava não cometer o ato formal de matar para estar em conformidade com a Lei; para Jesus, porém, o pecado já se manifesta na intenção maliciosa e no coração que deseja o mal ao próximo.
Paulo reforça esse entendimento ao afirmar em Romanos 13.9:
“Pois isto: não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Logo, o sexto mandamento é uma convocação ao amor ativo e à preservação da vida. Ele não se limita a proibir o homicídio, mas nos chama a promover a vida de forma ampla — física, emocional e espiritual.
Os teólogos de Westminster enfatizam que devemos empregar todos os esforços lícitos para conservar a nossa vida e a dos nossos semelhantes. Isso inclui o cuidado com a saúde, a prática da misericórdia, a compaixão pelos necessitados e a rejeição de tudo que ameace a dignidade e o valor da vida humana.
Dessa forma, atos como o aborto, a eutanásia, o suicídio, a negligência voluntária da própria vida ou a indiferença diante do sofrimento alheio são violações do sexto mandamento. O cristão é chamado não apenas a não matar, mas a ser instrumento de vida, reconciliação e amor — reflexo da graça do Deus que dá e sustenta toda existência.
Guardar este mandamento é, portanto, reconhecer que a vida pertence ao Senhor e deve ser vivida para Sua glória e para o bem do próximo.
Soli Deo Gloria.
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