DEVOCIONAL 168 - (4) OS PARADOXOS DA VOCAÇÃO. ALEGRIA.

 PDE 168 (4) Os paradoxos da vocação. Alegria. 

 "...entristecidos, mas sempre alegres." 2 Corintios 6.10a. NVI

Outro paradoxo apresentado por Paulo, traduz muito bem a percepção daqueles que tem relacionamento com Deus. É evidente que não estamos isentos nesta vida de decepções, aborrecimentos e contrariedades. Não são raras às vezes em que as nossas forças emocionais se esgotam, e sentimo-nos desgastados, traídos e abandonados, porém o ângulo pela qual um servo de Cristo contempla o mundo é (e precisa ser) diferente. Como afirma o apóstolo, somos entristecidos, mas (estamos) sempre alegres. Outras traduções dizem: "Como entristecidos (contristados), mas sempre nos regozijando (exultantes, felizes)."  

Por esta bela justaposição de contrastes, aprendemos algumas lições preciosas sobre a vida cristã e o ministério. (1) A tristeza é uma realidade humana e como filhos de Deus não estamos imunes as contrariedades desta vida. (2) O chamado de Deus, para alegria não significa que estejamos sorrindo sempre. Somos vocacionados para a verdadeira felicidade decorrente da graça de Deus, e não para nos portarmos como tolos, rindo de modo estridente, sem uma razão aparente. Se tem algo que aprendemos com apóstolo é que até podemos nos indignar com o pecado e nos entristecermos com as suas consequências na vida humana; e realmente como servos de Deus deveríamos ser encontrados  contristados sob determinadas circunstâncias. Se não ficássemos, isto sim, poderia depor contra nós! Existe um solene lugar para o aborrecimento e a decepção na galeria das experiências desta vida. (3) A tristeza, porém não é a nossa essência, ao contrário a sede de nossa alegria e esperança repousa em Deus, no seu reino, e na manifestação de sua, justiça, graça e amor. (4) O sorriso e o contentamento não podem ser roubados daqueles que em sua simplicidade esperam em Deus. Querido leitor saiba disto, a alegria é uma flor dourada capaz de brotar em meio as maiores adversidades desta vida. Em minha breve experiência de vida, já vi muitas pessoas sofridas, e depauperadas com uma alegria inabalável e muitas pessoas sem graça, mesmo em meio a todas as abundâncias de deste mundo.      

Oremos ao Senhor. Amado Senhor. Dá-nos à alegria que brota em meio ao sofrimento. A graça que transborda em meio às provações. A fé que prevalece ante a escuridão; e que firmemente vê o invisível, atravessando num raio de esperança o espesso céu de chumbo. Que a nossa alegria não seja frívola como a estridência dos tolos, e o gargalhadear das hienas, mas uma flor dourada que cresce em meio aos constrangimentos e dissabores desta vida. Amém!

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