DEVOCIONAL - CDBC 49 - "IMAGENS"
CDBC - COMENTÁRIO DEVOCIONAL DO BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER.
Pergunta 49: Qual é o segundo mandamento?
Resposta: O segundo mandamento é: “Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo que há em cima do Céu, e do que há embaixo da terra, nem de coisa alguma que haja nas águas, debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus zeloso, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem; e que usa de misericórdia com milhares daqueles que me amam e que guardam os meus preceitos.” (Êxodo 20.4-6)
Comentário:
O segundo mandamento proíbe a idolatria em suas várias formas e nos orienta sobre como devemos adorar ao único Deus verdadeiro. Ele não apenas rejeita a fabricação de imagens de escultura, mas também qualquer tentativa de representar a divindade por meios visíveis ou de prestar culto de forma contrária às instruções dadas por Deus.
Deus é espírito puríssimo e soberano, e qualquer representação material Dele é uma distorção de Sua natureza infinita. A criação de imagens para representar Deus ou outros "deuses" não apenas reduz o Criador ao nível da criatura, mas também desvia nossa adoração para aquilo que é limitado e imperfeito. Como Isaías declara, “a quem, pois, comparareis a Deus? Ou com que o confrontareis?” (Isaías 40.18).
Na tradição reformada este mandamento a plicado a vida da igreja significou a austeridade e simplicidade das formas estéticas do templo e do culto, representando um modelo de liturgia que prima pela funcionalidade e transcendência. O princípio regulador do culto é uma forma de compreender e organizar a adoração cristã, sempre num retorno ad fontes, primando pelo minimalismo da estética e da forma.
Até que ponto devemos deixar de fazer representações do contexto bíblico? Jesus pode ser representado? Neste quesito teólogos reformados da envergadura de Sproul e Packer divergem de forma cortez, enquanto para Sproul estas representações são possíveis salvaguardas as restrições ao mandamento, para autores como J.I. Packer elas representam uma impossibilidade.
Além disso, este mandamento enfatiza o zelo de Deus pela Sua glória e pela pureza da adoração. Ele é um Deus que requer exclusividade e sinceridade no culto. Sua santidade exige que O adoremos conforme Ele revelou em Sua Palavra, rejeitando práticas idólatras e invencionices humanas.
As consequências de transgredir este mandamento são graves. Deus avisa que a iniquidade dos pais pode afetar as gerações futuras, mostrando que a idolatria tem efeitos duradouros na família e na sociedade. Aqui devemos compreender não uma maldição hereditária, mas padrões de comportamento e caráter ecoando por gerações inteiras. Por outro lado, Ele promete misericórdia àqueles que O amam e guardam Seus mandamentos, revelando Sua bondade e fidelidade.
O segundo mandamento nos convida a refletir sobre como adoramos a Deus. Nossa adoração deve ser reverente, sincera e centrada na verdade revelada nas Escrituras. É um chamado a rejeitar toda forma de idolatria, tanto externa quanto interna, e a oferecer a Deus um culto que glorifique a Sua grandeza insondável.
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