ESBOÇO - MODELOS DE CRESCIMENTO DE IGREJA.

MODELOS DE CRESCIMENTO DE IGREJA. UMA AVALIAÇÃO DO MODELO DE TIM KELLER ADAPTADO AO CONTEXTO BRASILEIRO. Por Manoel Gonçalves Delgado Júnior.

No artigo " A dinâmica entre liderança e tamanho de igreja: como a estratégia muda com o crescimento.", Tim Keller propõe diferentes tamanhos para as igrejas, com base em seu desenvolvimento numérico, cada uma com características e desafios únicos. Neste pequeno trabalho apresento os principais modelos de igreja apresentados por Keller, ajustados ao contexto brasileiro. 

1. Igrejas em Domicílio (até 40 membros)

Características:

  • Ambiente Familiar: Pequenos grupos que se reúnem em casas, promovendo um ambiente íntimo e acolhedor.

  • Alta Conectividade: Forte conexão pessoal e interação entre os membros.

  • Simplicidade Operacional: Estrutura mínima e menos formalidade, sem necessidade de instalações próprias.

Estilo de Liderança:

  • Liderança Leiga: Frequentemente liderada por leigos ou membros voluntários.

  • Participação Coletiva: Alta participação dos membros nas decisões e atividades.

Desafios:

  • Recursos Limitados: Menos recursos financeiros e menos programas disponíveis.

  • Sustentabilidade: Dificuldade em crescer e manter-se devido à falta de estrutura formal.


2. Igrejas Pequenas (40-120 membros)

Características:

  • Estrutura de Rede: Funcionam como redes de relacionamentos com forte senso de comunidade.

  • Intimidade: Relacionamentos pessoais profundos entre os membros.

  • Pastor Central: O pastor é a figura central, envolvido em todos os aspectos da vida da igreja.

Estilo de Liderança:

  • Pessoal e Direto: A liderança é direta e relacional, com o pastor atuando como conselheiro pessoal.

  • Gestão Informal: Decisões geralmente tomadas em pequenos grupos ou comitês informais.

Desafios:

  • Limitações no Crescimento: A familiaridade pode limitar o crescimento além de certo ponto.

  • Dependência do Pastor: Alta dependência do pastor, o que pode limitar a delegação de responsabilidades.





3. Igrejas Médias (120-400 membros)


Características:

  • Estrutura de Programas: Diversidade de programas e atividades para atender diferentes necessidades.

  • Comunidade Ampliada: Comunidade unida, mas com a formação de subgrupos.

  • Descentralização Moderada: Operações e liderança começam a se descentralizar.

Estilo de Liderança:

  • Equipe Pastoral: Liderança compartilhada entre pastores ou líderes.

  • Administração Estruturada: Decisões em comitês formais com foco na gestão de programas.

Desafios:

  • Manutenção da Unidade: Desafio em manter o senso de comunidade.

  • Complexidade Administrativa: Requer uma organização mais estruturada para lidar com a crescente complexidade.




4. Igrejas Grandes (400-1000 membros)


Características:

  • Estrutura de Departamentos: Dividida em departamentos e ministérios especializados.

  • Diversidade de Ministérios: Oferece uma ampla gama de ministérios para várias faixas etárias e interesses.

  • Delegação Necessária: Necessidade de delegar responsabilidades e envolver mais líderes.

Estilo de Liderança:

  • Liderança por Departamentos: Líderes têm autonomia em suas áreas.

  • Gestão Estratégica: Exige planejamento estratégico e coordenação eficiente entre ministérios.

Desafios:

  • Coesão Comunitária: Difícil manter a unidade devido ao tamanho.

  • Coordenação: Comunicação e coordenação entre ministérios se tornam mais complexas.




5. Megaigrejas (mais de 1000 membros)


Características:

  • Estrutura Complexa: Altamente organizada com múltiplos níveis de liderança.

  • Programas e Eventos Extensos: Oferece uma vasta gama de programas e eventos, muitas vezes com alcance regional.

  • Recursos Significativos: Recursos consideráveis para infraestrutura, tecnologia e Evangelismo.

Estilo de Liderança:

  • Liderança Corporativa: Estrutura semelhante a uma organização corporativa com equipe pastoral executiva.

  • Gestão Profissional: Enfoque em planejamento a longo prazo e eficiência operacional.

Desafios:

  • Anonimato: Pode levar a uma sensação de anonimato entre os membros.

  • Manutenção da Cultura: Difícil manter a cultura e valores coesos devido ao tamanho e diversidade.


Conclusão.

Os princípios discutidos por Tim Keller permanecem aplicáveis ao contexto do evangelicalismo no Brasil, enfatizando a adaptação dos métodos e a estrutura de liderança conforme o tamanho da igreja para promover um crescimento saudável e sustentável. 

Note-se que existem para todas as igrejas, o problema do teto a ser superado, cabendo a cada ministério o discernimento de seu momento particular e as medidas necessárias para a nova fase de crescimento. 

Explore os modelos de igreja de Tim Keller e como aplicá-los ao cenário brasileiro. Aprimore sua visão ministerial e compartilhe essa reflexão!



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