DEVOCIONAL - CDBC 51 - "NEUSTÃ"

CDBC - COMENTÁRIO DEVOCIONAL DO BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER.

Pergunta 51: Que proíbe o segundo mandamento?
Resposta: O segundo mandamento proíbe o adorar a Deus por meio de imagens, ou de qualquer outra maneira não prescrita na sua Palavra.
Referências: Romanos 1.22-23; 2 Reis 18.3-4.

Comentário:
O segundo mandamento enfatiza que Deus deve ser adorado apenas conforme Ele revelou em Sua Palavra. Ele proíbe claramente o uso de imagens e práticas humanas que não sejam autorizadas pelas Escrituras, pois Deus é Espírito e Sua adoração deve refletir Sua santidade, grandeza e verdade.

Paulo nos alerta em Romanos 1.22-23 que, ao ignorarem o conhecimento de Deus, os homens "tornaram-se nulos em seus próprios raciocínios" e "mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis". A idolatria é uma rejeição deliberada de Deus como Ele é e uma tentativa de moldá-Lo segundo a imaginação humana.

Por esta passagem vemos que mesmo caído o ser humano é um ser adorador. Se não adoramos ao Deus verdadeiro, logo faremos ídolos vãos para dar suporte ao nosso ser litúrgico. Na antiga União Soviética, o regime materialista e ateu, precisou implementar ritos cada vez mais sofisticados, para tentar corresponder a realidade ontológica humana, que por natureza é orientada para o culto. Nasce o culto ao Estado, ao regime ao líder, ao partido.

A história do rei Ezequias, descrita em 2 Reis 18.3-4, é um exemplo prático do zelo em obedecer ao segundo mandamento. Ezequias destruiu a serpente de bronze, que havia sido criada por ordem divina nos dias de Moisés, porque o povo começou a adorá-la. Isso demonstra que mesmo objetos originalmente santificados podem se tornar ídolos quando usados de forma contrária à vontade de Deus.

Aqui constatamos que temos uma tendência para desvirtuarmos até mesmo atos divinamente ordenados, desviando-os de seu propósito original, para uma disposição distorcida e idólatra. A serpente que agora tem um nome, Neustã, recebe a adoração, deixando Deus em segundo plano. No reino do Norte, a idolatria também foi institucionalizada no Culto deturpado ao casal Iaveh e Astaroth com a representação divina através um bezerro, uma imagem de escultura.

A proibição do segundo mandamento também reflete o zelo de Deus por Sua própria glória. Ele não aceita ser adorado de maneira desonrosa ou inadequada. Isso inclui não apenas imagens físicas, mas também atitudes e práticas religiosas que desviem nossa adoração da centralidade de Deus para qualquer outro foco.

Adorar a Deus por meio de imagens ou de formas não prescritas é uma tentativa de controlá-Lo ou reduzi-Lo à nossa compreensão limitada. Porém, Ele é infinito, santo e soberano, e só pode ser adorado de forma aceitável quando seguimos as diretrizes claras de Sua Palavra. Nosso culto deve ser uma resposta de reverência e obediência, livre de inovações humanas e firmemente enraizado nas Escrituras.

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