REFLEXÃO - A IGREJA NA ENCRUZILHADA.

REFLEXÃO - A IGREJA NA ENCRUZILHADA.

Por Manoel G. Delgado Jr.

"[...]Levantando-se e não vendo ninguém senão a mulher, Jesus lhe perguntou: Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou? Ela respondeu: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não peques mais." João 8.1-11

O evangelho de João relata o episódio em que Jesus é colocado diante de uma mulher apanhada em flagrante adultério. A lei e a tradição determinavam que este ato pecaminoso fosse punido com a morte. Uma multidão posiciona-se entre a mulher e Jesus com pedras em suas mãos. A mulher profundamente apavorada diante da possibilidade de morte iminente espera pelo pior. Os líderes religiosos, rivais de Jesus, vem nesta ocasião uma oportunidade para expor perante o povo a pretensa hipocrisia de Jesus, sua real intenção era desacreditarem a mensagem evangélica.

Esta narrativa do evangelho traz em si, uma série de questionamentos. Será que Jesus seria realmente comprometido com a Lei de Moisés? Seu discurso de amor e compaixão era mesmo verdadeiro? Seria, ele, conivente com o pecado, tolerando o mal? A resposta de Jesus é impressionante por sua atualidade e comprova que de fato, ele é encarnação da sabedoria divina, e mais do que isto, Ele é o Deus encarnado.

Jesus, não se deixou levar pelo ódio da multidão enfurecida, e não aceitou a provocação que os líderes religiosos lhe fizeram, não traiu a lei de Deus, ou compactuou com o pecado humano. Ao contrário, ele calmamente escrevia na areia. O que escrevia? Não sabemos. Quando finalmente ele fala, a suprema sabedoria de Deus e revelada e brilha intensa como a luz do sol.

Disse Jesus: "-Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra." Diz o texto, que dos mais velhos aos mais moços todos saíram de cena desapontados; para mulher, porém ele diz : "-Onde estão os teus acusadores? Eu também não te condeno. Vá e não peques mais!"

Este episódio demonstra que Jesus não se deixou levar pelas inúmeras armadilhas que sutilmente foram colocadas em seu caminho para que a sua mensagem fosse desacreditada, pois em todas as suas palavras e ações demonstrou que o evangelho era verdadeiro.

Esta história nos faz refletir que hoje a Igreja Evangélica também encontra-se num dilema. Cair diante de provocações e sutis armadilhas ou demonstrar a sabedoria do evangelho e a beleza da mensagem redentora.

Precisamos discernir qual é a maneira evangélica para procedermos diante dos inimigos do evangelho, e as suas constantes e sutis armadilhas, que tem o alvo de destruir a imagem dos cristãos e desacreditarem a mensagem perante a opinião pública.

É fato que não podemos negar a realidade destrutiva do pecado que não pode jamais ser negado em nome de uma falsa noção de amor, mas precisamos estar igualmente preparados para que, diante de provocações e escárnios não sejamos tomados por impulsos explosivos de um lado ou condescendência pecaminosa de outro. Não podemos negar o valor e a dignidade humana assim como não podemos condescender ou naturalizar o pecado. Errar na resposta a este dilema poderia prejudicar o exercício da missão, afetando nosso testemunho.

Somos desafiados a demonstrarmos, nestas ocasiões, o genuíno o amor de Deus que redime o pecado humano, sendo guiados pela sabedoria invencível do evangelho, que por meio do Espírito Santo, testemunha a verdade.

É no Evangelho de Jesus Cristo, que a graça e a justiça de Deus se encontram, e existe verdadeira redenção para pecadores como eu e você!

Deus abençoe!




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