DEVOCIONAL 155 - RIVAIS ATÉ A GLÓRIA.

 PDE 155 (16) Rivais até à glória.

Jesus disse isto para indicar o tipo de morte com a qual iria glorificar a Deus. Então lhe disse: "Siga-me!" Pedro voltou-se e viu que o discípulo que Jesus amava os seguia. [...] Quando Pedro o viu, perguntou: "Senhor, e quanto a ele?" Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele permaneça até que eu volte, o que lhe importa? Quanto a você, siga-me! João 21.19-22 NVI
Uma leitura atenta aos evangelhos, vai logo demonstrar que mesmo no colégio apostólico, existiram tensões e rivalidades. Não foram poucas às vezes que os discípulos se prenderam em acaloradas discussões sobre a grandeza da sua posição e devido lugar de autoridade. Jesus soube trabalhar com estas tensões, e na sua escola de vida e liderança ensinou que o maior é o que serve, o grande, o pequeno. Se existe, porém, uma rivalidade que perdurou até o fim, foi entre o arrojado Simão Pedro, e João, irmão de Tiago, um dos Boanerges. Pedro e João rivalizavam pela proximidade com o mestre, pela amizade de Jesus, na busca por reconhecimento, e até mesmo, segundo creio, por um lugar de destaque na liderança do cristianismo nascente. Nos evangelhos, em especial no de Marcos ,(escrito na perspectiva petrina), e no evangelho segundo João, esta tensão fica patente. Pedro sempre toma a iniciativa, emites os primeiros pronunciamentos. João, sempre próximo a Jesus, na sua narrativa evita mencionar o seu nome, costume, de redação da época, porém fala constantemente sobre um certo discípulo a quem Jesus (mais) amava...
Na passagem destacada, no momento da restauração de Pedro esta tensão novamente é percebida. Jesus acabara de reestabelecer o ministério pastoral de Pedro, e profeticamente o seu martírio, pela causa do evangelho. João que seguia Jesus e Pedro, acaba sendo percebido por Simão, que fica contrariado, de repente todo o glamour da restauração são deixados de lado, e Pedro aponta para João e pergunta a Jesus: E este aqui? O que vai acontecer com ele? Jesus repreende a Pedro, dizendo-lhe que este assunto não era da sua alçada, e logo reafirma o seu chamado: "Segue-me!" Estes fatos longe de atestarem contradições na bíblia, apontam para o testemunho unânime de nossa humanidade e pecaminosidade. Como diria Hernandes Dias Lopes:" Crente não deveria pecar, mas peca. Não deveria brigar, mas briga. Sabemos que todas as nossas incoerências pecaminosas serão tratadas por Deus até que a sua obra santificadora esteja finalizada nos conformando à imagem do seu filho. Pedro e João não tinham como saber naquele momento, mas eles liderariam o cristianismo de maneira sucessiva. Sendo Pedro a grande liderança no início da Igreja e João o principal líder em fins do primeiro século. O que me chama a atenção nesta história é que Jesus não jogou fora os seus discípulos, mas antes soube tratar o caráter de cada um até que eles amadurecessem e os propósitos de Deus na vida e ministério de cada um se cumprissem. Pedro e João eram amigos, mas também foram rivais, contudo esta tensão durou apenas por um tempo, pois o propósito de Deus prevaleceu, e hoje encontram-se perfeitamente aperfeiçoados na Glória.
Oremos ao Senhor. Deus eterno. Graças te damos por Jesus teu filho, que é fonte de graça e renovação. Que como João possamos nos sentir amados por Jesus, e que assim como Pedro sejamos restaurados recebendo novas oportunidades de tua graça e misericórdia. Aplica em nós a tua compaixão e aumente a nossa esperança. E se nossos relacionamentos andam tensionados ajuda-nos a ter uma atitude de graça, humildade e reconciliação. Amém!
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