DEVOCIONAL 156 - CUMPRINDO A LEI ATÉ O FIM.

"Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria a mulher de Cleopas, e Maria Madalena. Jesus então, vendo a sua mãe, e perto dela, o discípulo a quem Jesus amava, disse a sua mãe: "Mulher, eis aí o teu filho!" Depois disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!" E, a partir desta hora o discípulo a recebeu em sua casa." João 19.25-27

É certo que esta passagem tem aplicações diferentes, devido à forma como é lida por diferentes tradições teológicas. Para os católicos, esta seria uma das passagens que evidenciariam um lugar (locus) privilegiado de Maria, na Igreja. Os evangélicos de tradição reformada têm uma perspectiva diferente, entendem justamente o contrário, Maria seria nossa semelhante em tudo, alvo da mesma graça redentora. Longe de entrar no mérito desta questão, prefiro apenas dizer, que nesta passagem temos mais uma vez, uma grande demonstração da obediência perfeita de Jesus. Jesus é o protagonista dos evangelhos, e para corretamente compreende-lo, nem por um momento, podemos perder o nosso Senhor de vista. Assim, a demonstração da obediência perfeita de Jesus, neste evento da paixão, é o que pretendo apresentar nestas breves linhas.
Somos informados que enquanto Jesus estava sendo crucificado, nas proximidades do madeiro cruento, algumas mulheres permaneceram para ali para lamentarem a sua execução. Entre estas, Maria a mãe do Senhor, também estava presente. Jesus então num ato derradeiro proferiu estas palavras: "Mulher, eis aí o teu filho!" e logo a seguir: "Filho, eis aí a tua mãe!" direcionando o seu olhar para João, o discípulo amado. Nestas palavras proferidas por Jesus temos a revelação do cuidado de Jesus com a sua mãe segundo a natureza humana. A luz do contexto judaico poderíamos afirmar que Jesus, como o filho primogênito, tinha obrigações referentes ao cuidado dos seus pais. José estava morto, Maria viúva, os seus irmãos, de acordo com evangelho, ainda não eram os seus discípulos (João 7.5). Fato que veio ocorrer somente após a ressurreição. Assim, coube ao apóstolo João, discípulo próximo de Jesus, assumir o cuidado de Maria. O evangelho de João afirma que daquele momento em diante, Maria passou a residir em sua casa. Neste ato aprendemos sobre o valor do cuidado da família, e o papel da família da fé quando aquela vem a faltar por alguma razão. Jesus cumpria neste ato o quinto mandamento (Êxodo 20.12) e, como filho amoroso e exemplar, cumpriu a lei até o fim.
Oremos ao Senhor. Deus bondoso e eterno. Graças te damos por Jesus, que nos ensina sobre o valor do lar, e o papel da família. Ajuda-nos a cuidar daqueles que são nossos familiares honrando a tua divina ordenança bem como sermos cuidados também. Que em nossas relações familiares, expressemos amor desinteressado e zelo diligente, suprindo necessidades afetivas, e materiais, dos nossos, sendo supridos também. E caso faltemos nós, ou nossa família esteja distante, ou ausente, que encontremos na Igreja, a nossa família da fé, uma extensão de nossa casa, um lugar onde muitos pais, mães, filhos, e irmãos nos são concedidos. Que encontremos sempre uma manifestação do teu próprio cuidado e amor. Amém!
Esta foi a Palavra de Esperança de hoje. Gostou? Então compartilhe.



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